terça-feira, 30 de novembro de 2010

O pai teve um pequenito percalço...

Foi para o hospital e mandaram-no fazer exames. Quando deu por isso estava na sala de obstetrícia, e diz ele que de facto estava a achar esquisito só estarem lá mulheres. De seguida foi posto num quarto na ala de pediatria, com uma placa à porta a dizer "sala de jogos". Typical.

sábado, 27 de novembro de 2010

Pooorto

Se calhar o menino é só fotogénico, ainda não sei, mas pelo sim pelo não, e visto que não sei por onde anda o Quique, vou ver com atenção o jogo do Porto. :)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O meu date de 59 anos

O pai fez anos e pela primeira vez o jantar de aniversário foi só comigo. Não envolveu o tio que é irmão gémeo, os primos, ninguém. Só os dois. Fazemos isto com frequência, mas como ele fazia anos, fizemos questão de ir a restaurante especial, que por acaso pertence a um hotel. Diálogo nos primeiros cinco minutos após nos sentarmos à mesa:

Pai: As pessoas vão pensar que és minha namorada.
Eu: Que disparate.
Pai: A sério. Os meus colegas de trabalho dizem-me às vezes que me viram na rua com uma namorada nova e depois eu tenho sempre que lhes explicar que é a minha filha!
Eu: Que bom, hum? Quase 60 anos e uma namorada de 30...
Pai: Não tem piada! És minha filha!
Eu: Vá lá, que parvoíce, o que interessa o que as pessoas acham?
Pai: Estamos aqui os dois, neste restaurante, à noite, bem arranjados, parece outra coisa...
Eu: Se calhar parece um pai divorciado a jantar com a filha como milhares de outros na mesma situação.

(pai começa a ficar nervosinho)
Pai: Eu sei que estão a pensar isso. Até o empregado. Vai olhar para nós e pensar isso.

(o empregado aproxima-se da mesa com um ar natural)
Empregado: Boa noite, estão hospedados aqui no hotel?
Pai (absolutamente ofendido e em pânico): NÃOOO!!!

Carteiras feitas de tuuuudo e por mim podem vir tooodas

A Tela Bags enviou-me um necessaire todo giro feito de telas recicladas, e, para minha desgraça, o catálogo novo com todos os modelos. Adoro a colecção Press Line feita com jornais, revistas e afins reciclados, mas as que mais me surpreenderam foram as da linha L-Seven, feitas com sobras de pavimentos em linóleo. Linóleo! Lindo. Super original!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Estou em greve

Mas as coisas por fazer vieram para casa comigo. E visto que o computador do local de trabalho avariou e o telhado tem um buraco que faz com que chova em cima da minha secretária, estou cá com um feeling que vou trabalhar mais e melhor em casa do que se estivesse no escritório. Não é lá uma grande greve.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Gosto das pessoas que dizem "tolerância de ponte". É querido. Nem interessa a terminologia. Desde que não se vá trabalhar...

Dia Internacional do Homem

Ainda não se falava disso na televisão, facebook e afins, e já se sabia aqui. Ah pois é, sempre em cima do acontecimento!

Agora vão lá, queridos e adoráveis meninos totós, tomar conta dos vossos bigodes ou seja qual for o movimento que corre por aí no dia de hoje. Mas façam-no com aprumo, que eu conheço muita mulher com um jolie moustache capaz de bater o de muitos homens.

(também já falámos de bigodes. aqui.)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

É, parece que é mais ou menos isto.

Obrigado à Maria que me enviou por e-mail esta e outras imagens que mais tarde aqui aparecerão. No dia em que vos dissermos que nos sentimos 100% preenchidas, agarrem-se a esse momento com unhas e dentes. Tirem imagens mentais, façam um freeze cerebral e aproveitem. É provável que não dure muito.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Temos sempre razão. Mesmo quando não temos. Vá, pelo menos podemos tentar.

Ele diz que eu faço isto com frequência e que é a grande prova da minha teimosia. O que ele ainda não percebeu é que eu preciso de dizer "não" muitas vezes de forma a ganhar tempo para inventar um argumento qualquer mirabolante que justifique o meu ponto de vista absurdo. Mas essa parte eu não lhe vou explicar. :)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Se não somos mais felizes é porque gostamos de complicar

Nunca usei a expressão “não me contento com pouco”. Porque na realidade o “pouco” é um termo que me parece errado. Andamos à procura nem sabemos de quê, e por isso achamos que queremos é mais. Eu contento-me com as coisas simples. Embora, vendo bem, isso não seja pouco, porque saber apreciar as coisas simples às vezes é complicado e passa-nos ao lado. Somos demasiado exigentes? Não temos assim tanto a oferecer à outra parte? Claro que não somos e que temos. Andamos é focados nas coisas erradas. Não esperem ter ao vosso lado uma pessoa que vive inteiramente para vocês porque isso é negar uma parte da sua individualidade. Esperem antes que nos momentos em que estão juntos as coisas façam sentido. O encaixe a 100% é possível de obter desde que saibamos onde nos encaixar. Desde que tenhamos conhecimento do nosso lugar e consigamos compreender o mundo à nossa volta. Basta, como disse o Laredo e muito bem num comentário ao post anterior, que saibamos investir em nós mesmos e deixar que o outro invista nele próprio. E tenho a certeza que esse investimento reverterá positivamente na relação. Às vezes basta um gesto ou um olhar, um saber dizer as coisas sem usar palavras. Bastam as coisas pequeninas que sabem pela vida. Vá lá, não pode ser tão complicado assim.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Por trás de um grande homem há sempre alguém

Vi o documentário “L’Amour Fou” sobre a vida de Yves Saint-Laurent, contada na primeira pessoa por Pierre Bergé, o companheiro de vida, de negócios, de tudo. E mesmo durante as cenas em que ele é visto a vender tudo o que tinham num leilão da Christie’s, mesmo sabendo que se Saint-Laurent fosse vivo não o faria, que as peças representam momentos de vida a dois e que eram parte das suas almas, mesmo assim, é impossível sentir um pouco que seja de animosidade por aquele homem. Não posso dizer neste caso que por trás de um grande homem houvesse uma grande mulher. Mas posso dizer que havia um outro grande homem. Porque é por isso que temos relações, que formamos equipas, que não vivemos sós. Porque de facto juntos somos mais fortes. E Yves Saint-Laurent nunca teria sido quem foi se não fosse por Pierre Bergé. Sorte a de quem encontrar na vida alguém assim que traga o melhor de nós ao mundo. Saí do filme serena e inspirada. Quero o mesmo para mim. E quero também ser esse outro alguém especial que traz o melhor de quem estiver comigo. Parece-me uma relação com sentido. Será pedir muito? É que estou certa que não o farei por menos.

Estoril Film Festival

E lá se passou mais um. Estes nove dias pareceram-me três semanas, que isto de andar num festival de cinema em trabalho implica muitas horas gastas em coisas que não apetece e muitos filmes sem interesse vistos em detrimento daqueles que se queria ver mesmo. E quem é que tem dois dvd’s autografados pelo Malkovich, quem é? Depois vale por estas coisas. E pelo filme do Yves Saint-Laurent, mas esse merece um post a solo. E “A Espada e a Rosa” do português João Nicolau? Alguém viu? Alguém explica?? E o desfile do Malkovich ? Bons pijamas.

Foto: Associated Press

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Hoje é dia de post-its no telemóvel

Não chegam os reminders, o telefone a tocar 10 minutos antes de cada coisa que tenho para fazer, os papelinhos espalhados pela secretária com horas e nomes de pessoas. Não. O dia de amanhã é tão preenchido que foi preciso colar um post-it amarelo gigante no telemóvel preto, para ver se dou conta do recado. Ainda hoje não terminou e já estou cansada de amanhã.

Só para recordar

Ainda sobre pessoas com dificuldades e sobre ajudar o próximo, lembrei-me deste post que escrevi há mais de um ano atrás. Ainda me cruzo com frequência com este senhor sem-abrigo, e lembro-me sempre desta história.

«Na minha vida (que às vezes penso que existe num universo paralelo, só pode) até o acto de ajudar tem as suas variantes mais cómicas e estranhas. Prova disso é o sem-abrigo que vive na rua perto da minha casa. Todos os Natais costumo ir lá levar-lhe um pouco da refeição da minha Consoada e fico contente por perceber que não sou a única a fazê-lo. O Natal passado não foi a ocasião mais festiva de sempre, mas não me esqueci dele, e comprei um frango assado quentinho para lhe ir lá deixar. Chego lá, ofereço-lhe o frango, desejo-lhe um Feliz Natal, e o homem olha para o saco com o ar mais entediado do mundo e diz-me todo chateado:
“Mas quanto frango é que vocês acham que eu consigo comer?!”»

A ver se este ano é a vez da lagosta...

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Coisas que me enervam

A crise e o jeitinho que temos para nos fazermos de vítimas, e como a televisão nacional explora isso. Já não aguento mais reportagens sobre gente que não tem dinheiro para comer. É que falta de comida é coisa que me faz mesmo aflição. Mas depois faz-me confusão ver imagens de famílias a abrirem o frigorífico para se queixarem que não têm lá quase nada, mas o pouco que têm é da Compal, Mimosa e Panrico. Marcas brancas que custam um terço, nem vê-las. Nas televisões ao lado, passam canais por cabo de custo extra que nem eu tenho. Agora mesmo no telejornal falava-se num estudo que afirma que os portugueses vão gastar em média 575 euros em compras de Natal. Tomara muita gente receber isso como ordenado. Os bilhetes para o concerto da Shakira estão esgotados, tal como esgotaram os do Michael Bublé ou dos U2 em Coimbra (mais hotéis, gasolina, portagens e comida para a maior parte de quem lá foi). Continuamos a ser dos países que vendem mais automóveis novos. Na Sábado vinha um artigo de umas crianças que não comiam porque a família não tinha dinheiro para os alimentar. A mãe não trabalhava e o pai tinha perdido o emprego e estava sem subsídio. Antes disso tirava 2500 euros por mês. E poupanças? Eu não sou ninguém para vir para aqui refilar ou ensinar como se vive, mas enerva-me, porque a verdade é que há mesmo gente com fome e sem dinheiro para comer. Gente sem casa, sem televisão e com um frigorífico verdadeiramente vazio. E depois há outros, de acordo com o telejornal também, que gastam 600 euros em bilhetes para o futebol. E o que me tira mesmo do sério, é que são esses os que depois se queixam.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Gosto deste franco optimismo feminino


"You want a perfect girl,
and I look shitty today,
I know you’re gonna dump me again
And I am gonna cry."

Mas dito com uma voz tão querida e a música é tão gira, que só me dá vontade de sorrir!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Masturbação quê???

Estava numa clínica nova a tratar da ficha de cliente para a depilação definitiva, enquanto a senhora, muito simpática, ia preenchendo um questionário que eu conseguia ver no monitor do computador, sobre as mais diferentes coisas que podiam influenciar o crescimento dos meus pêlos. Depois de umas 20 perguntas, espreito o monitor, e vejo que a questão seguinte era sobre a regularidade da minha menstruação. A senhora olha para mim, e, numa situação em que eu juro que ouvi bem e que ela é que se enganou, pergunta-me com as letrinhas todas:

- A masturbação? É irregular?

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Conversa com o mano #2635

Eu: Um colega meu queixou-se que a namorada tinha cortado o cabelo, ele não tinha gostado, mas não sabia como o dizer. Por isso mentiu. E além de se sentir mal por tê-lo feito, queria que lhe explicássemos um modo de ele ser sincero mas sem a magoar. Nós não sabíamos. Aliás, chegámos à conclusão que esse era um problema que nunca teríamos. A maior parte de nós teria olhado para o namorado e dito sem hesitar "és um estúpido, olha o que foste fazer ao cabelo, estás horrível". E a parte grave nisto tudo, é que para a maior parte das mulheres, este tipo de frontalidade não é maldade, é normal! Eu não sei como é que vocês aturam isto!

Ele: Pois, sobretudo se pensarmos que há para aí sete mulheres para cada homem. Supostamente temos por onde escolher, mas aguentamos.

Eu: Mas não é justo, nós somos frias e directas, e cada vez tenho mais ideia que são as mulheres más que mantêm os homens por mais tempo! Nada disto faz sentido!!

Ele: Faz. A culpa é nossa.

Eu: Porque o permitem?

Ele: Não. Porque somos parvos. Asnos perfeitos.